A bailarina carioca Mayara Magri realizou nesta terça-feira, 10, um workshop on-line em que as participantes experienciaram de forma prática, os conselhos e dicas da atual Primeira Bailarina no Royal Ballet (Royal Opera House).
Recentemente a palestrante participou de uma das edições do ‘Papo Cabeça’, promovido de forma digital pela Fundação Lia Maria Aguiar, onde pôde compartilhar um pouco de sua experiência e visão sobre o universo do ballet com os alunos e alunas do Núcleo de Dança.
“Para nós, enquanto escola, é muito importante essa abertura que a Mayara oferece, pois a troca sempre fortalece. Acredito que oportunidades assim reforçam o nosso trabalho enquanto professor e o delas enquanto alunas”, afirma Fabiana Nemeth, coordenadora do Núcleo de Dança da FLMA.
Ao todo, oito alunas do módulo Intermediário e Avançado tiveram a oportunidade de acompanhar, através de seus tablets uma masterclass seguida de exercícios e avaliações, onde as estudantes se apresentaram e receberam feedbacks da convidada sobre os solos.
Com a intenção de oferecer um ensino remoto de qualidade para todos os matriculados, especialmente durante a pandemia da Covid-19, a Fundação doou os tablets aos alunos, que estão sendo eficazes no aprendizado, ainda mais em eventos como esse.
Conheça mais sobre a convidada do Workshop
Morando em Londres atualmente, Mayara descobriu a dança ainda criança, aos oito anos, através do projeto ‘Dançar a Vida’, da Petite Danse, onde frequentou por meio de uma bolsa de estudos e pôde estreitar laços com a profissão que queria seguir.
Desde então conquistou títulos importantes no Brasil e no exterior, realizando os sonhos de apresentar obras clássicas como ‘O Cisne Negro’, ‘A Bela Adormecida’, ‘Dom Quixote’, ‘Giselle’, ‘Os Dois Pombos’, entre outras.
Foi eleita a melhor bailarina no 28º Festival de Dança de Joinville e dos dois mais importantes festivais internacionais de Ballet, o YAGP (Nova York) e o Prix de Lausanne (Suíça), que lhe rendeu uma bolsa no Royal Ballet School, em 2011.
Finalizou seus estudos na escola britânica e foi convidada para integrar a Companhia Profissional, sendo promovida a Artista em 2015, Solista em 2016, Primeira Solista em 2018 e Primeira Bailarina em 2021, sendo este o mais alto cargo que uma bailarina pode alcançar.
“Ela é uma bailarina brasileira que conquistou o melhor e mais alto lugar dentro de uma companhia, então tudo que ela traz, não só a experiência e a vivência, mas também essa visão inglesa da técnica, faz com que nossas alunas se aproximem um pouco mais dessa realidade, que ainda parece algo muito distante, uma vez que estão no processo de aprendizado.”, explica Fabiana Nemeth, coordenadora do Núcleo de Dança da FLMA.